Vendas de hatches pequenos crescem o dobro da média

Vendas de hatches pequenos crescem o dobro da média

Vendas de hatches pequenos crescem o dobro da média. Participação de quase 30% é a maior do segmento desde 2020

Segundo maior segmento de veículos de passeio do mercado brasileiro, atrás somente dos SUVs, as vendas de hatches pequenos estão crescendo o dobro da média do mercado total em 2024.

De janeiro a maio, foram negociados 200,1 mil veículos da categoria, 31,5% a mais do que em igual período do ano passado, enquanto o mercado total evoluiu 15,8%. Na mesma comparação, os licenciamentos de SUVs chegaram a 326,4 mil, 16% a mais.

Com esse desempenho, os hatches pequenos aumentaram a fatia de mercado e representam agora 29,2% dos licenciamentos de automóveis de passeio, ante 25,8% de um ano antes, e diminuíram a diferença para os utilitários esportivos — ainda assim gigante, de 18 pontos, já que os SUV vêm sustentando mais de 47% dos emplacamentos.

De qualquer forma, é a maior participação desde 2020, quando os hatches pequenos detiveram 29,4% ao longo dos doze meses, mas perderam pela primeira vez, após seis anos, a condição de maior segmento para os utilitários esportivos que chegaram então a 32% e desde então seguem na ponta.

 

A Fenabrave enumera uma dúzia de modelos como hatches pequenos e com vendas mais representativas. O líder Volkswagen Polo, com 48,2 mil unidades até maio, é também o carro de passeio mais vendido do mercado interno, repetindo o feito de 2023.

Chevrolet Onix e Hyundai H20 vêm imediatamente atrás com 34,7 mil e 32,9 mil licenciamentos, respectivamente e replicam igualmente as posições nas quais encerraram o ano passado.

Novatos e elétricos

A mudança mais relevante em 2024 é a presença dos elétricos BYD Dolphin e Mini Dolphin. Sétimo e oitavo colocados no ranking de cinco meses, com 8,1 mil e 7,7 mil unidades negociadas, nesta ordem, deixaram para trás Peugeot 208 (7,5 mil) e ainda mais distante o Honda City (4,4 mil).

O Dolphin só não encerrou o período na sexta colocação por meras 51 unidades a mais do Citroën C3 que chegaram às ruas. Em maio, contudo, o representante francês foi “engolido” pelo Dolphin Mini, que superou 3,1 mil unidades contra 1,5 mil do C3.

Da lista de doze modelos do segmento, os carros da BYD são os únicos a não disporem de motores movidos a combustão, ao lado do  11º colocado GWM Ora, também elétrico movido a bateria e que acumulou 3,1 mil unidades em cinco meses.

O Dolphin chegou ao Brasil exatamente um ano atrás e o Dolphin Mini acaba de completar quatro meses nas revendas. O bom posicionamento de ambos em tão pouco tempo reflete, de um lado, a aceitação dos elétricos e da própria marca e, de outro, as dificuldades de alguns concorrentes de sustentarem vendas e participação.

Além dos elétricos

Além naturalmente dos estreantes da BYD e Ora 03, somente três hatches tiveram crescimento frente aos emplacamentos colhidos de janeiro a maio de 2023. E o Polo, com avanço robusto de 73%, foi o único que superou o crescimento médio do mercado.

Fiat Argo, com avanço de 28%, quase chegou lá e a Hyundai pode, digamos, comemorar 20% de evolução do HB20. Chevrolet Onix e Toyota Yaris repetiram os resultados e os quatro modelos restantes tiveram recuo de vendas

Os negócios com o Citroën C3 encolheram 3%, enquanto Honda City e Renault Sandero acumularam quedas expressivas de 24% e 26%, respectivamente.

O Peugeot 208 vendeu 15% menos, mas pode creditar uma parte do encolhimento, como importado que é, à lentidão no processo para ingressar no País por conta dá “operação tartaruga” dos funcionários do Ibama e que se estende há meses.

Fotos: Divulgação

Fonte: George Guimarães
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